A mais autobiográfica das obras de Bulgakov, escrita em 1917, retrata num estilo incisivo e cru os benefícios e os malefícios da dependência de morfina. Nos confins da Rússia rural, um médico que perdeu o gosto à vida encontra nos "cristais brancos" a beatitude que o faz sublimar temporariamente as angústias. Mas com o passar do tempo, a morfina revela-se bem menos bem-aventurada. Num caderno negro o médico Serguei Poliakov vai anotando as conturbadas confissões existenciais que se desenrolam à revelia do contexto histórico de conturbação social e política da Rússia em revolução bolchevique.
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