“Héctor Oesterheld é o maior escritor de quadrinhos que já encontrei, porque era capaz de transformar uma gag numa pequena novela. Era um mestre da narrativa”. (Hugo Pratt)
“A história dos quadrinhos é dividida em duas épocas: a que vem antes e a que vem depois de Alberto Breccia”. (Frank Miller)
O ENREDO
Ezra Winston, proprietário de um antiquário londrino, vive cercado de objetos que trazem um pedaço da história. Um dia, um relógio estilo Luís VI misteriosamente volta a funcionar, enquanto lhe chega as mãos um intrigante amuleto. Ambos serão a chave de um intrincado enigma que fará Ezra adentrar pelos sombrios subúrbios de Londres, até levá-lo ao encontro de um ser imortal: Mort Cinder, o homem das mil mortes, se erguerá uma vez mais de sua tumba. Junto ao pó de suas roupas, está todo o peso da saga humana sobre a Terra: as obras da Torre de Babel, os navios do tráfico de escravos, as trincheiras da I Guerra Mundial, a mítica batalha das Termópilas... Mort Cinder esteve em meio a tudo isso, e volta ao mundo dos vivos para contar.
Como escreve Eduardo Risso no prefácio dessa edição: “Oesterheld foi, penso eu, um dos mais prolíficos roteiristas de sua época; sem temor de escrever sobre qualquer gênero e procurando sempre sondar a profundidade do ser humano, com todo o valioso e o insignificante que nele prospera”. E sobre Alberto Breccia, Risso reflete: “Nesta obra se traduz todo o potencial artístico de Breccia. Ele se atreve a cruzar limites inimagináveis e obtém sua máxima maturidade, que o levaram depois a romper com seus próprios parâmetros.”
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