Dois dos mais altos momentos de todo o projeto da ficção literária do Século XX: "A Morte em Veneza" (1912) e "Tônio Kroeger" (1903) são reflexões apuradas a respeito do papel da criação estética e de outros temas essenciais ao escritor alemão, tais como a decadência física e moral e a morte. (...) Novela autobiográfica, Tonio Kröger é, segundo o autor, uma mescla de melancolia e crítica; subjetividade e ceticismo. Em Morte em Veneza, a paixão platônica de um escritor de meia-idade por um jovem e belo rapaz é enredo da questão central da narrativa — a atração do artista é, na verdade, pela beleza e pela perfeição do jovem, que representa o reflexo temporal da beleza eterna; ideal particular de beleza por que tanto buscou em uma vida de desejo e disciplina pela arte; paixão desenfreada (não consumada) que acaba, levando à dissolução e à ruína.
Ficção / Literatura Estrangeira / Romance