Eu era o menino de ouro.
Quarterback da América.
Eu era tudo para todos. Sempre disponível. Sólido.
Eu me lembro como algo parecia errado naquele dia.
E eu não fui capaz de tirar essa sensação de ir embora.
Não quando enterrei meu filho.
Não quando meu noivo olhou para mim como se eu fosse a razão de tudo isso.
Não quando olho no espelho e grito a plenos pulmões.
O futebol me manteve sã.
Mas eu perdi tudo.
E então eu recebi um telefonema.
Ela sofreu um acidente.
Ela não se lembrava de nada.
Um cavalheiro não lutaria por ela, não a lembraria da dor.
Então, eu deixei ela ir.
Deixei que ela a vivesse feliz para sempre e levei toda a escuridão,
toda a dor, toda a raiva.
Só que o universo tinha um senso de humor doentio.
Ela esbarrou em mim.
Ela me perseguiu.
A linda mulher que eu costumava chamar de minha.
Ela disse que queria me fazer sorrir.
Ela não sabia que ela é a razão pela qual eu parei.
Romance