dividido em quatro partes chamadas 1, 2, 3 e olha o pássaro, é a palavra memória que faz a liga dessas vozes (ou se trataria de uma única voz?) que nos atravessam cheias de afetos e nostalgias, quando não com bastante acidez e consciência política [pureza], [calei do, [vinte vinte], dentre outros.
e como ouso falar sobre o que é ou não político quando as nossas próprias existências e permanências no mundo, nesse nosso brasil com b minúsculo dos últimos anos, já são grandes exemplos disso? Afinal, ser pessoa racializada e estar viva, ser mulher preta já é um ato político que carregamos em nossos próprios corpos todos os dias, todas as horas, todos os segundos.
“eu quero o mundo, não sei sei o mundo me quer
o mundo me quer outra
o mundo me quer?
o mundo me quer rota
o mundo me quer torta
se o mundo não me quer morta é que sirvo para dançar na frente da televisão”
(débora gil pantaleão)
Poemas, poesias