Napoleão - O pequeno

Napoleão - O pequeno Victor Hugo


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Napoleão - O pequeno





Obra clássica de um dos maiores escritores franceses, é fascinante tanto como documento quanto como peça literária, seja pela grandeza do autor, seja pela relevância do tema que aborda.

O nome Victor Hugo (1802-1885) é um dos expoentes máximos da produção literária de seu tempo, reconhecido mundialmente pela riqueza e vastidão de sua obra, que abrange poesia, teatro, prosa e romance. Todavia, pouco se fala sobre sua vida e escritos políticos.

Sua atuação parlamentar se dará em dois momentos cruciais da vida política francesa: na constituição da II República (1848-1851) e, após a queda do império (1852-1870), em plena guerra franco-prussiana, na "assembleia dos rurais".

Essa obra, redigida no exílio, em 1852, oito meses após o golpe de estado do "parodista que toma ares de imperador", emerge da radicalização do conflito das classes sociais, num período dramático para o povo francês.

Napoleão - O Pequeno contém dois grandes momentos. No primeiro, a partir do golpe de estado, da derrubada da Assembleia Nacional pelas armas, do perjúrio do usurpador, da traição ao povo francês, Victor Hugo percorre passo a passo o massacre aos "inimigos da ordem", relatando detalhadamente situações, colhendo depoimentos e testemunhos, descrevendo a barbárie que amontoa cartuchos, vidros quebrados, corpos retalhados, com o vapor do sangue que exala dessa destruição. Ele se vale aqui de toda sua força de escritor, multiplicando verbos e adjetivos para que a realidade fale por ela mesma, para que se entenda a sentença bonapartista: "Que se executem minhas ordens!"

No segundo, interpreta os acontecimentos que precipitaram o golpe de 2 de dezembro. Se na descrição do barbarismo o grito de indignação comanda os relatos, na interpretação, de prisma liberal, o autor salienta que "O ato é infame, mas o fato é bom". Para Victor Hugo, no subterrâneo misterioso da história, o golpe de estado de Luís Bonaparte se revela como uma iluminação, como desfecho de uma lógica inscrita no processo histórico. Aí, transparece o papel da providência divina na condução do mundo histórico.

Napoleão, o pequeno, o "salvador da ordem", adentra o palco da história universal para golpear a imagem do poder despótico do império.

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on 28/3/21


No dia 2 de dezembro de 1851, o presidente da republica francesa, Luís Napoleão Bonaparte, sobrinho do imperador Napoleão, dava o golpe de Estado, ao dissolver a assembleia, da qual Victor Hugo fazia parte como político, e implantava o segundo império (1851-1870). Trocando em miúdos: A direita dava uma rasteira na velha esquerda republicana. Victor Hugo nesse livro, usando a sátira, o chama de "pequeno". Napoleão mandou prender todos os que estavam contra ele. Para não ser preso ou até... leia mais

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Mariana
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29/12/2013 12:31:43

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