Falando de fascismo, muitas vezes, encontramos leituras bastante superficiais que atribuem essa definição para qualquer movimento conservador ou fenômeno autoritário. Na realidade, o fascismo tem suas próprias características, que precisam ser conhecidas. Ao mesmo tempo, o antifascismo fica reduzido apenas ao momento militar da luta de libertação nacional, sem se aprofundar a sua gênese e o seu desenvolvimento, caracterizado por viradas políticas, contra viradas, divisões e contradições profundas, chegando a sua completa renovação unitária apenas depois do drama da tomada do poder por Hitler. Afrontar um tema assim rico de influências, de contradições e repercussões como o fascismo, impõe várias cautelas metodológicas. Em particular, uma delas é a de evitar uma representação superficial, plana e unilateral sobre origem, desenvolvimento e herança desta experiência histórica. O fascismo é um fenômeno tipicamente italiano, nascido por causas precisas, devidas à profundidade da crise europeia antes e depois a Primeira Guerra Mundial, mas a sua influência vai bem além desta realidade histórica e geográfica. Estudar todo esse conjunto complexo de acontecimentos e lutas nas trincheiras do Ocidente fica essencial para compreender um período entre os mais dramáticos na história da humanidade contemporânea.
História / Política