No célebre romance "A Náusea", de Jean-Paul Sartre, ele observa: "A verdade é que não posso soltar minha caneta: acho que vou ter a Náusea e tenho a impressão de retardá-la enquanto escrevo." Assim, inspirada por essa reflexão sartreana e pela máxima de Emicida de "viver como se fosse morrer no dia seguinte", a obra "Nauseado", de Matheus Peleteiro, emerge com o propósito de empreender uma ácida investigação das transformações sociais provocadas pela tecnologia. Composta por vinte e um contos redigidos durante o primeiro ano de isolamento social causado pela Covid-19, a coletânea busca não só se firmar como retrato histórico, mas também servir como um dedo na garganta da vida, expurgando a náusea alavancada por um tempo.
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