Com base em 15 anos de pesquisa na Bahia, no Rio, no Suriname e na Holanda, o autor indaga sobre as formas específicas que raça e etnicidade assumem no Brasil e no resto da América Latina. Ele compara as concepções latino-americanas de raça com as concepções dominantes nas ciências sociais, centradas em contextos determinados por identidades branco-negro claramente definidas, formuladas na base da situação dos Estados Unidos e da Europa do Noroeste. Sugere ainda, que o estudo de noções de identidade e cultura mais complexas e até ambíguas, certamente contribui para uma compreensão mais universal das tensões etno-raciais e de por que o pensamento racial continua tão forte. Ele também investiga os efeitos da globalização sobre as diferentes construções da noção de raça, sofisticando a análise de classificação racial, mostrando que o aspecto generacional é indispensável para se entender as mudanças nada desprezíveis nessa área.