Há uma dificuldade em pensar a clínica fazendo trabalhar as referências teóricas que se dispõe. E há também a dissociação inversa, entre teoria e clínica: é difícil reconhecer, na singularidade da clínica, a relação com o particular e o universal dateoria. O pensamento metapsicológico acaba desaparecendo da condução das análises. Acredito que essa dupla dissociação se deva à ausência da noção de psicopatologia, que faria a mediação necessária entre clínica e metapsicologia... A psicopatologia serve para ajudar o analista a organizar e dar inteligibilidade aos elementos da clínica (...), descreve formas de subjetividade e de sofrimento psíquico, relacionando-as com a metapsicologia - o que contribui na condução do processo analítico, pois permite ao clínico fazer a mediação entre o singular e o universal.