Neurose Obsessiva

A ênfase recente na noção de "transtorno" e a tentativa de abolição das neuroses, nos quadros nosológicos contemporâneos, vem promovendo uma mudança inquietante no campo da psicopatologia. Entendendo que o esfacelamento da neurose obsessiva em um transtorno é conseqüência de um violento desgaste que se operou sobre seu elemento dramático - já que o neo-organicismo de nossos dias, abole a responsabilidade pelo ato humano e o caráter trágico do sintoma - a autora procura retomar, na esteira de Freud, a implicação do sujeito em seu destino. Trabalha a paixão do ódio e o narcisismo, apresentando do obsessivo, o movimento de uma verdadeira máquina de guerra: suas ansiedades guerreiras, estratégias de defesa, táticas de vigilância. Discute seu desejo obstinado de contornar os fragmentos, buscando sempre a experiência da síntese. São ainda abordadas as relações do obsessivo com o tempo e a morte.Visitando autores como Lacan, Leclaire, Pontalis e Conrad Stein, entre outros, procura desvelar a riqueza que nos oferece a estrutura da obsessão.