A teoria ou doutrina do eterno retorno é, provavelmente, a parte mais intrigante de toda a obra de Nietzsche. Walter Kaufmann, Martin Heidegger e Gilles Deleuze deram interpretações controvertidas das relações do eterno retorno com a vontade de potência. Na presente obra, o autor a estuda em seus pontos essenciais, em conexão com a Psicanálise, particularmente com a teoria da compulsão à repetição, entendida como uma das modalidades do eterno retorno. Trata-se de ver como a repetição se exprime e se desenvolve na escrita e no pensamento de Nietzsche, na escrita e nas teorias analíticas de Freud e, também, na temática existencial de Kierkegaard, para quem a repetição é uma retomada voltada para o futuro na qual o indivíduo atualiza suas potencialidades e decisões.