É pela perseguição e depois pela vingança de um fugitivo que se inicia esta colectânea de narrativas, e é com o enigma de um crime inexplicado que termina.
Como se uma parte da verdade do mundo — a mais desumana, a que estigmatiza a história íntima ou colectiva — devesse desafiar para sempre a nossa razão.
Em todos os tempos e lugares, incluindo Lisboa, as personagens deste livro partilham esta mesma experiência, que assumem ao aproximarem-se da morte.
Desesperadas ou lúcidas, passam em revista as suas ilusões, admitem os seus erros ou retêm por mais uns instantes as derradeiras alegrias da existência.
Animado de uma empatia e de uma oralidade poderosas, este volume, coligido entre 2000 e 2007, marcado pelos temas de A Morte do Rei Tsongor, de O Sol dos Scorta ou de Eldorado, cresceu nos interstícios de uma obra romanesca hoje traduzida e lida no mundo inteiro.