"Quem é essa que surge como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército em batalha?"
Na copa de uma azinheira - de seis pés de altura e de folhas lustrosas, cercadas de espinhos - viram, estupefatos, uma esfera de luz, e no centro, uma Senhora, "Vestida de branco", assim descreve Lúcia, "mais brilhante que o sol, irradiando luz tão clara e intensa, como se fora um copo de cristal, cheio de água puríssima, irisada pelos mais ardentes raios de sol". Sua face era, indiscutivelmente, bela. "Nem triste, nem alegre, mas séria" - com ar de suave censura. As mãos juntas, como a rezar, apoiadas no peito e voltadas para cima. Da mão direita pendia um Rosário. As vestes pareciam feitas só de luz. A túnica era branca e branco o manto, orlado de ouro, que lhe cobria a cabeça e lhe descia aos pés. Os traços, Lúcia nunca pôde descrevê-los. Foi-lhe impossível fitar nesse rosto celestial seu olhar aturdido. Cegava!
Religião e Espiritualidade / História