Num galope incessante

Num galope incessante Clébio Sória


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Num galope incessante


An incessant gallop




Reavivar a memória de um ente querido, que há 25 anos não está mais entre nós, muito nos gratifica.
Com personalidade forte, Clébio foi filho de Bagé/RS, tradicionalista, estudioso e homem de fé. Artista. Pai. Avô. Educador. Amigo.
Começou a demonstrar muito cedo a sua paixão e habilidade pelo desenho, utilizando carvão para reproduzir a vista que tinha do quintal de sua casa. Por pertencer a uma família muito grande - Clébio teve nove irmãos -, foi estimulado por seu pai, Artur Sória, a sair de sua Bagé para estudar e trabalhar com apenas 15 anos de idade.
Pouco tempo depois, participou do grupo de jovens da Igreja Anglicana e foi nesse contexto que veio a namorar e casar na cidade de Santana do Livramento/RS. Junto da esposa, Enilsa, veio para Porto Alegre com o sonho de aprofundar com dedicação e estudo os conhecimentos em Artes Plásticas, abrindo assim, o viés profissional aliado ao prazer do criar, dando conta do desejo, da habilidade e do talento natos.
Os gestos delicados e precisos ao manusear seu cachimbo, a bonita embalagem do fumo e o preparo, que mais parecia um ritual, vinham sempre antes de uma boa conversa. Gostava de contar suas vivências e fazia isso de forma agradável e bem-humorada. Dedicado a família, demonstrava seu talento na cozinha com algumas receitas próprias muito deliciosas, que ele atribuía aos ingredientes e iguarias adquiridas cuidadosamente no Mercado Público de Porto Alegre.
Clébio também apreciava uma boa música. Em seu atelier, o velho aparelho de fita cassete ou a vitrola de vinil tocavam suas músicas inspiradoras, enquanto acariciava o pincel na tela branca que ele mesmo montava na sua pequena e bem organizada marcenaria.
Seguidamente via-se Clébio caminhando nas imediações da Zero Hora, que era caminho entre sua casa e o seu atelier, com seus passos largos bem característicos, numa marcha sincronizada e elegante. Quando o víamos ao longe, não tínhamos dúvida: era ele.
Clébio demonstrou seu amor a Deus através da sua arte sacra. A dedicação ao estudo bíblico e à paixão ao gaúcho épico ocupavam maior atenção em suas obras. O cavalo, no esplendor de seus movimentos, era seu forte. Desenvolveu técnicas próprias que o identificam não só no Rio Grande do Sul, mas no Brasil todo e até mesmo fora dele, através de seus belos Murais.
Sua vida foi relativamente curta, mas foi vivida intensamente na sua perspetiva focada no belo, no amor à Arte e a sua simplicidade no ser. Clébio Sória costumava afirmar que a Arte é Vida. A elaboração deste livro, a busca por obras, lembranças e vivências do artista nos revestiu de grande alegria e saudade, e mostrou que ele tinha razão: ele ainda vive através da sua Arte.

Biografia, Autobiografia, Memórias

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