O Americano Tranqüilo

O Americano Tranqüilo Graham Greene


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O Americano Tranqüilo (Clássicos Modernos #15)





Poucos escritores conseguem a proeza de se tornar populares fazendo literatura de altíssima qualidade. Um caso raro é o inglês Graham Greene, autor de livros já clássicos na prosa do século XX, como O poder e a glória, O cerne da questão e este "O Americano Tranqüilo". O motivo é simples: Greene lança mão de tramas detetivescas e intrigas de espionagem internacional, mas injeta nesse gênero associado à literatura de entretenimento – o romance policial – uma dimensão profunda, que expõe questões sobre inocência e culpa, pecado e expiação, desejo e renúncia.

A dimensão espiritual ou metafísica de sua literatura foi muitas vezes atribuída ao fato de o escritor ter se convertido ao catolicismo em 1926. Greene, entretanto, sempre rejeitou o epíteto de “romancista católico”, empregado pela crítica como se ele fosse um religioso buscando temas literários adequados a sua crença. Ao contrário, o autor de Os farsantes e O condenado (ambos publicados pela Editora Globo) foi um escritor no sentido forte do termo, que procurou estar em contato com as paixões humanas naquelas situações extremas nas quais o crime e a santidade se aproximam.

No caso de "O Americano Tranqüilo", torna-se clara a confluência, característica de sua obra, entre enredo detetivesco, pano de fundo marcado pela conjuntura política e personagens que, envolvidas em dramas de consciência moral, são assombrados pelo fantasma do crime, essa forma radical de exorcizar os desejos.

A ação do livro é ambientada durante a Guerra da Indochina (1946-1954), na qual se enfrentaram a França (que tentava reconquistar um controle sobre o país asiático perdido durante a Segunda Guerra Mundial) e os guerrilheiros comunistas de Ho Chi Minh. O conflito é seguido de perto pelos correspondentes de guerra, dentre os quais Thomas Fowler, veterano jornalista inglês que divide o tempo ocioso entre as casas de ópio de Saigon e a amante vietnamita Phuong.

Aventura / Cinema / Literatura Estrangeira / Romance policial / Suspense e Mistério

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on 4/4/23


Já havia lido um outro livro do autor antes, "Nosso Homem em Havana" e gostei bastante desse último. Ler Greene, um dos grandes nomes da literatura moderna e clássica que foi injustiçado por nunca ter recebido um Nobel de Literatura assim como Jorge Luis Borges e Tolstoi. Nessa sátira à forma dos americanos lidarem com a política externa, conhecemos Thomas Fowler, um correspondente de um jornal britânico instalado no Vietna sob a finalidade de cobrir os detalhes da Guerra da Indo... leia mais

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