Bergman é um mestre em suspender o palavrório cotidiano. Nisso, dialoga com Heidegger, para quem “a angústia nos corta a palavra”. Bergman e Heidegger querem mostrar que a angústia é uma estrutura ontológica fundamental, inerente ao ser humano e anterior a qualquer manifestação afetiva. No entanto, na sociedade contemporânea, o fenômeno da angústia é praticamente vedado pela indústria cultural de massa, que comercializa a cultura e o entretenimento visando o lucro.
Por meio de profunda análise do filme Saraband, dirigido por Ingmar Bergman e lançado em 2004, José Luiz Branco procura compreender o fenômeno da angústia na contemporaneidade e propõe um resgate desta dimensão humana tão velada nos tempos atuais.
Percebe-se, portanto, tratar-se de um “banquete intelectual” para professores e alunos do Curso de Psicologia, e para os estudiosos e simpatizantes da filosofia e sociologia.
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