Muitos se aproveitaram da política de privatizações do governo brasileiro até 2002. Confira neste livro, de Aloysio Biondi (1936-2000), os excelentes negócios que foram feitos à custa do patrimônio público. Por exemplo, antes de vender as telefônicas, o governo investiu 21 bilhões de reais no setor, em dois anos e meio. Vendeu tudo por uma "entrada" de 8,8 bilhões de reais ou menos - porque financiou metade da "entrada" para grupos brasileiros.
Na venda do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj), o "comprador" pagou só 330 milhões de reais e o governo do Rio tomou antes um empréstimo dez vezes maior, de 3,3 bilhões de reais, para pagar direitos trabalhistas.
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi comprada por 1,05 bilhão de reais, dos quais 1,01 bilhão em "moedas podres".
Assim foi feita a privatização brasileira: o governo financiava a compra no leilão, vendia "moedas podres" a longo prazo, financiava os investimentos que os "compradores" precisavam fazer. R para aumentar os lucros dos futuros compradores o governo "engolia" dívidas bilionárias, demitia funcionários e aumentava as tarifas antes da privatização.
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