Afinal, Helen, a impostora, estava atrás das grades. E durante toda a noite, indignada por ser apanhada, blasfemava jurando vingança a família Moretti. Ela parecia um animal feroz enjaulado, andando de um lado para o outro na cela, gritando, ás vezes chorando outras rindo, emocionalmente desequilibrada.
Helen era livre desde cedo, quando fugira de casa. Presa, sentia-se sufocada com muito ódio.
Em seu diário escolar, foi encontrado, um verdadeiro festival de delitos graves e até crimes, registrados por ela.
Ao executar seus crimes, ela repetia a frase que a mãe repetia sempre a ela para justificar sua negligência. "Tudo o que faço é porque te amo".
A mãe ganhava a vida na prostituição. Helen era fruto de um casamento violento e logo que ela nasceu, o pai morreu. A mãe se vira sem opção e passou a vender o corpo para criar a filha. Numa casa de dois cômodos, tudo acontecia diante da pequena Helen e mais tarde, com a pequena Helen, quando a mãe já bêbada, perdia o controle da situação.
No dia seguinte, se a menina reclamava, ela era dura em seu castigo. A mãe dizia, "Tudo o que faço, é porque te amo e pra te sustentar." Tentando aliviar sua própria dor.
Mas, outras páginas, chocavam ainda mais. " Vou mata-la mamãe, porque te amo". "Mamãe, você esqueceu de dizer que me ama! Machucar não é amar?"... Helen era uma psicopata cruel, porque foi criada com crueldade...