Que bom seria se o mundo não possuísse a tristeza... Não conheceríamos a dor da saudade, da solidão, do medo, do futuro, de tudo aquilo que nos faz chorar. O educador Rubem Alves traz em O Decreto da Alegria, lançamento Paulus, uma visão positiva sobre a tristeza, contando-nos a história de um rei de bom coração e cabeça tola que decreta não haver mais a tristeza e a infelicidade em seu reino. O decreto exige que todos vivam alegres e felizes sob pena de punições de cócegas e piadas.Mas o rei se engana em achar que a tristeza não é bela, que não nos traz felicidade, beleza, ternura, sensibilidade. Como pensou uma menina do Reino da Alegria: “As tardes deveriam estar tristes no Reino, porque o pôr-do-sol fora proibido. Sem a tranqüilidade do pôr-do-sol, as pessoas não se curam da agitação do dia... A beleza não convive bem com a confusão, falatório e barulho das festas.”
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