Obra maior da literatura portuguesa do nosso século, e sem dúvida, a obra-prima do autor, o fundo e a forma entendem-se e fundem-se com uma austeridade notável. A metáfora e a alegoria, o concreto e o imediato, o subtil e o comezinho, são focados com a mesma intensidade. Simultaneamente enigmático e franco, obscuro e aberto, o romancista intercepta com sagacidade a atmosfera que sustém e provoca o mundo dos desocupados. Cada vez menos interessado em contar histórias, faz da ambiência uma figura cimeira do próprio romance.
Ficção / Literatura Estrangeira