Um livro que nos fala sobre a alma humana, suas capacidades racionais, o pecado original e suas conseqüências, tudo isso e mais ainda através da visão dos poetas, romancistas e pintores. Assim é construído O Desconcerto do Mundo.
Corção parte de uma estrofe de Camões para analisar as razões dos líricos queixumes. De início exige de si mesmo um questionamento sério e verdadeiro: «Não, não pode ser convencional, nem pode deixar de ser verdadeiro esse recado de mágoa que vem de longe, e que parece ser uma dor do Universo expressa por boca humana; sim, que parece ser uma dor primeira que remonta às origens do mundo». Em seguida procura no pensamento dos poetas e pensadores o porque dessa aflição: Chesterton, Pascal, Camus, Hugo. E em todas as religiões do mundo, a mesma dor, a mesma confusão. A análise do problema do mal continua com o Eclesiastes e o livro de Jó, elevando-se a considerações de ordem sobrenatural com a teologia das bem-aventuranças.
Em três momentos distintos, poesia, romance e pintura, nosso autor nos faz ver além da superficialidade comum dos eruditos, destilando para nós um ensinamento de verdadeira cultura, de vida, de sabedoria.