Jesus Cristo há muito tempo tem sido considerado a figura central da civilização ocidental. Ainda hoje, quando estamos prestes a iniciar o terceiro milênio, desde o seu nascimento, contamos os dias a partir de seu aparecimento na terra; e, embora a nossa sociedade supostamente pós-cristã muitas vezes o ignore e até mesmo o ridicularize, não existem propostas sérias para substituí-lo como Ícone do Ocidente.
A pergunta central sobre Jesus sempre será: Ele fez diferença? O nosso mundo seria o mesmo sem os valores cristãos? Até que ponto episódios marcantes da história da humanidade foram influenciados pelos ensinamentos do homem de Nazaré? Qual foi a medida exata do impacto cultural provocado pela trajetória de Jesus na Terra?
Essas são perguntas difíceis; alguns sem dúvida as rotularão de injustas. Mas têm de ser feitas. Em O DESEJO DAS COLINAS ETERNAS, Thomas Cahill, num texto envolvente e revelador, faz uma investigação minuciosa para apontar respostas a estas questões milenares. Ele apresenta-nos o contexto social e político em que Jesus nasceu e cresceu; dá vida aos personagens da época, e traz nova compreensão à opressiva presença política romana, à influência cultural grega onipresente e ao variado contexto religioso do judaísmo no primeiro século da Era Cristã. Este cenário, essencial para um entendimento mais completo de Jesus como figura histórica, leva a uma nova interpretação do Novo Testamento - muitas vezes tomando por base textos do grego antigo, magistralmente traduzidos pelo próprio autor - que irá deleitar os leitores e surpreender até mesmo os que se dedicam a estudos bíblicos.