O Estado e a Revolução foi escrito no clímax de vida intelectual e política de Lenin. As idéias de um ativista e pensador político no momento preciso em que se lançava à frente de um movimento revolucionário que iria abalar tanto a Rússia, quanto o mundo em que vivemos.
Na noite de 3 para 4 de abril de 1917 Lenin divulga o resumo das Teses que subverteram a posição do seu partido diante da revolução russa. Negando a viabilidade do controle revolucionário do poder pela burguesia, ele suscita o problema da transformação do partido, do papel do proletariado na revolução e da tomada do poder pelas classes trabalhadoras. Na verdade, um vulcão desabou sobre a Rússia com a sua chegada, vergando-a sob o peso do marxismo, resgatado em toda a sua pureza como força revolucionária.
Este livro contém um cunho didático e polêmico. Ele se volta para o restabelecimento da verdadeira doutrina de Marx e Engels sobre o Estado e o papel da ditadura do proletariado na revolução socialista. Quando se pode tomar o poder revolucionariamente impõe-se combater todas as confusões e todas as esperanças falsas. As utopias podem ser perigosas e a revolução proletária não pode entregar-se ao erro de fortalecer o inimigo encastelado por trás do poder do Estado capitalista.
O Estado e a Revolução é um lugar incomum em nossa estante dos clássicos do socialismo.
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