Um grupo de amigos - dois estudantes em véspera de exame, um jornalista sarcástico, sua amiga, garota de doçura irresistível - anda pela cidade, percebendo às vezes a presença - real? imaginária? - de outro amigo desaparecido.
Andam por uma Buenos Aires terrivelmente irreal. Uma Buenos Aires na qual existe uma Casa onde alguns leitores realizam o ritual de ler em voz altas livros famosos. Uma Buenos Aires em que multidões acodem ao santuário erigido na Plaza de Mayo, onde se exibe um osso. Uma Buenos Aires invadida por uma neblina e gungos inexplicáveis. Pela cidade andam os amigos: falam de si, do país, do mundo, dos poemas que escrevem. Definem tudo e riem de suas definições. Exercem um intelectualismo veloz e às vezes o corroem com sua ironia, terna e feroz.
Uma constelação de metáforas - símbolos que não se definem de imediato- ilumina esse relato maravilhosamente ambíguo, insinuante de revelações que nunca são feitas totalmente.