Em O fantasma de Canterville, um fantasma habilidoso vê o feitiço virar contra o feiticeiro quando, na própria casa que assombrava, passa a ser aterrorizado por seus novos proprietários americanos. O fantasma do livro é Sir Simon de Canterville, que em 1565 assassinou a própria esposa e, para assombrar os corredores de Canterville Chase, adota os mais variados disfarces e se transforma numa verdadeira antologia de tipos macabros. No entanto, nenhuma dessas facetas é capaz de arrepiar os cabelos dos novos moradores da mansão.
Esta história confirma a reputação de Oscar Wilde como um mestre na arte narrativa, com seu senso de humor refinado, sua inteligência rápida e uma espirituosa dissecação da sociedade vitoriana. Trata-se de um clássico da literatura infantil. “A ideia inicial de Wilde parece ter sido que seria engraçada uma situação em que as pessoas vissem, sim, o fantasma, mas isso não tivesse o menor efeito sobre elas. E que, ao invés de infernizar a vida dos vivos, o fantasma fosse infernizado por eles”, aponta o tradutor Braulio Tavares.
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