"Ela é uma análise muito bem documentada da existência de governos secretos, cujo poder se encontra em órgãos de força, a saber: militares, policiais, órgãos secretos, de repressão e de espionagem. Governos secretos são aqueles em que as decisões são tomadas em conluios, de que poucos participam e, sendo poucos, em que as influências naturais, a da opinião pública principalmente, não tem papel algum, não encontram forma de aparecer e atuar. Os governos militares não aparecem, pois aparecem, sim, os governos ostensivos, o presidente, as Câmaras, os ministérios, os juízes e os tribunais, o conjunto do que a nomenclatura liberal conhece como "poderes" e de cujo o equilíbrio tanto já se falou e escreveu em diversos tratados."