O homem que aprendeu o Brasil

O homem que aprendeu o Brasil Ana Cecilia Impellizieri Martins


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O homem que aprendeu o Brasil


A vida de Paulo Rónai




O retrato de um intelectual húngaro que marcou para sempre a cultura brasileira.

Europa, 1940. Milhões de judeus estão condenados. Não há saída: o resto do mundo não os quer. Nada de asilo, vistos. Para a maioria, a morte é certa. Brasil 1941. Um jovem intelectual judeu, Paulo Rónai, que deixou a Hungria no fim do ano anterior, chega à segurança do Brasil. Não vem clandestinamente, com documentos adulterados e nome falso. Vem com o impossível visto legalmente obtido. Como o conseguiu? A resposta é tão inusitada quanto toda sua vida e carreira, rastreadas passo a passo e narradas com grande elegância por Ana Cecilia Impellizieri Martins nesta biografia pioneira e necessária.

Inacreditavelmente, o que valeu a Rónai o salvo-conduto foi aprender português sozinho em Budapeste e publicar, às vésperas da Segunda Guerra, uma antologia de poesia brasileira que reunia Bandeira, Cecília Meireles, Mário de Andrade e Drummond. Alguns deles se tornariam seus amigos pessoais e ele, paladino e intérprete de suas obras. Chegando ao Brasil, dedicou-se a duas tarefas: resgatar sua noiva e sua mãe, que ficaram na terra natal; e prosseguir seu trabalho literário, que, de início, consistia em continuar erguendo a ponte entre duas culturas distantes. Enquanto isso, provavelmente sem sequer percebê-lo, o judeu húngaro se metamorfoseou: tornou-se brasileiro, um dos grandes intelectuais brasileiros do século XX. Segundo um ditado húngaro, Quantas línguas, tantas vidas, e, ao se meter a aprender a última flor do Lácio, Rónai não sabia que esta é que lhe daria uma nova vida ― perpassada pelo luto e pela melancolia da primeira, mas nem por isso menos vital.

Biografia, Autobiografia, Memórias

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on 2/8/23


O livro foi uma adaptação da tese de doutorado defendida por Ana Célia em 2016 na PUC - Rio. É o resultado de uma monumental, eficiente e dedicada pesquisa que ela realizou. A linguagem é acessível e fluida, só achei que a autora poderia ter saído mais da estrutura da tese para ser menos repetitiva. A edição da Todavia é muito boa, com índice remissivo, notas, referências bibliográficas, fotos etc. Conhecer a vida desse homem é um privilégio que Ana Célia nos proporciona. "Trabalho pra... leia mais

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