O Método 2

O Método 2 Edgar Morin


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O Método 2


A vida da vida




Não são poucos os que esperam de um método a certeza ou, em outras palavras, o caminho seguro para descobertas consoladoras. As metodologias científicas tornaram-se receitas com efeito de erudição para pesquisas destinadas a confirmar “verdades caseiras”. Mas o grande desafio do conhecimento continua a ser o outro lado das aparências que tranqüilizam. É nessa linha que se inscreve a obra desestabilizadora de Edgar Morin.

Shakespeare, por meio de Hamlet, formulou as questões essenciais: “E nós, pobres joguetes da natureza, precisamos contemplar nosso ser tão horrivelmente agitado com pensamentos além do alcance de nossas almas? Dize-me: para que tudo isto? A que fim obedece? Que deveríamos fazer? Morin sustenta a necessidade de instalar a poesia no coração da vida, inclusive da ciência. Assim pensar a vida da vida implica “poetizar” a prosa da existência.

Sinteticamente falando, o próprio Morin constrói um raciocínio: “Ninguém pode basear-se, hoje, na sua pretensão ao conhecimento, numa evidência indubitável ou num saber definitivamente verificado. Ninguém pode construir seu conhecimento sobre uma rocha de certeza. A minha pesquisa de Método parte, não da terra firme, mas do solo que desmorona. O fundamento deste trabalho é perda do fundamento científico, a ausência de qualquer outro fundamento, mas não o nada. A situação dos conhecimentos científicos, de que se alimenta essencialmente a minha investigação, não constitui a sua “base”. É a transformação desses conhecimentos que constitui o seu motor. As idéias destrutivas tornam-se aí idéias reconstrutoras.”







"Ninguém pode basear-se, hoje, na sua pretensão ao conhecimento, numa evidência indubitável ou num saber definitivamente verificado. Ninguém pode construir seu conhecimento sobre uma rocha de certeza. A minha pesquisa de Método parte, não da terra firme, mas do solo que desmorona. O fundamento deste trabalho é a perda de fundamento científico, a ausência de qualquer outro fundamento, mas não o nada. A situação dos conhecimentos científicos, de que se alimenta essencialmente a minha investigação, não constitui a sua "base". É a transformação desses conhecimentos que constitui o seu motor. As idéias destrutivas tornam-se aí idéias reconstrutoras."

Edgar Morin

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Maurício
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15/11/2009 18:08:34

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