23 de março, sexta-feira: ‘’Bom dia. São oito e cinquenta e cinco da manhã e eu acho que gosto mesmo do Sam’’. (...) Avistei do outro lado da rua um menino de calça jeans escura, uma blusa branca sem estampa e um casaco preto, jeans também. Ele tinha um andar rápido e segurava um guarda-chuva. Era o Sam. O meu eu apaixonada dizia: ''A vida já está me dando alguns indícios. Destino? Não sei'', mas o meu eu realista dizia: ''Você não vai atravessar a rua nessa chuva só para dizer um 'oi' para o garoto, Lorenna! Sossegue! Você trombou com ele por acaso'', e eu segui o meu pensamento realista, felizmente.
Literatura Brasileira / Romance