Nesta aventura mágica e encantada, Miguel M. Abrahão retoma as origens medievais portuguesas do mito da Cuca ou Coca, temida por crianças em todo o mundo colonizado pelos lusitanos.
No século XXI, numa cidadezinha portuguesa – a cidade de Miranda del Douro – um historiador brasileiro encontra, numa antiga livraria obscura, um diário medieval: O Diário de Coral de Samuak.
A princípio, recusa-se a levá-lo a sério. Contudo, instigado pela misteriosa livreira, o pesquisador voraz embarca na história mais fantástica que sua experiência científica já trouxera até ele.
Na aldeia desconhecida e misteriosa de Samuak vive a bela Coral e seu marido Luis. Cercados pelo misticismo medieval, ela e todos da aldeia, evitam aproximar-se das cavernas misteriosas e do castelo da montanha de Bronze, onde vivera o último rei local. Enquanto o marido, um lenhador, trabalha, Coral passa o tempo desenhando figuras exóticas em telas que lhe são fornecidas pelo comerciante Ladino. Um dia, porém, a jovem, sem o saber, desenha uma cuca, personagem de sua infância. No dia seguinte, o desenho hediondo desaparece misteriosamente da tela e, a partir daí, crianças do mundo inteiro passam a correr perigo. Com o passar dos dias, muitas delas são seqüestradas e as mães, com intenso pavor, afirmam que uma Cuca terrível as levou...
Nesse mesmo momento, a misteriosa Kelly de Kent chega à aldeia. Compra o castelo fechado a antanho e o reabre com uma grande festa, exigindo a coroa, como a tradição lhe prometia! A partir daí, uma antiga profecia começa a tomar forma e a bela Coral, involuntariamente, torna-se o pivô de uma epopéia, que poderá conduzir o seu mundo a novos rumos, para o bem ou para o mal...