O Monstro Bate à Nossa Porta

O Monstro Bate à Nossa Porta Mike Davis


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O Monstro Bate à Nossa Porta


A Ameaça Global da Gripe Aviária




Em 1918, a gripe espanhola deixou sua marca na História. A doença varreu uma grande parte do planeta e sua área de atuação se estendeu da Ásia às Américas, passando por Austrália e África. Milhões de pessoas morreram e necrotérios por todas as partes do mundo estavam abarrotados de corpos. Durante décadas, o medo de outra pandemia, nos moldes da gripe espanhola, assombrou a raça humana. Mas nem mesmo os mais imaginativos podiam crer que ela pudesse vir voando, literalmente, na forma da gripe aviária, doença diante da qual estamos completamente indefesos e despreparados.



Especialista em teoria urbana e um dos mais respeitados intelectuais da atualidade, Mike Davis analisa o quão perto estamos do caos. Em "O Monstro Bate à Nossa Porta", o autor alerta que o H5N1 está chegando próximo a uma mutação que permitirá o contágio de homem para homem e poderá matar até 100 milhões de pessoas em dois anos - duas de cada três pessoas infectadas morrerão. Davis reconstrói a história científica e política do desenvolvimento deste perigo biológico entrincheirado nos nichos ecológicos criados pelo agrocapitalismo global. Explica por que a essência dessa ameaça é o fato de ser uma gripe mutante, de virulência assombrosa. Davis alerta para o perigo das grandes criações de aves, com números assombrosos de animais amontoados em verdadeiras favelas galináceas, onde qualquer nova doença se propagará de forma instantânea. Lembra como as condições de vida nos países em desenvolvimento, muitas vezes, não são melhores. Argumenta que as concentrações humanas aumentaram perigosamente nas últimas décadas e que a globalização diminuiu distâncias, estreitou laços, tornando a propagação de uma pandemia quase que imediata.



Analisa o papel do agronegócio e da indústria de fast-food nesse processo. Mostra como a concentração da pobreza urbana e os governos contribuem na criação das condições ecológicas ideais para a disseminação dessa nova praga. Ataca a negligência no desenvolvimento de vacinas por uma indústria farmacêutica que considera as doenças infecciosas "não lucrativas", e aborda a deterioração das infra-estruturas de saúde pública em países pobres e ricos. O autor denuncia os motivos da ausência de vacinas e estoques de drogas antivirais como o Tamiflu, considerado a única defesa inicial do mundo contra uma pandemia, e alerta: "A gripe aviária é um teste fundamental da solidariedade humana”.

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Mário
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26/08/2009 01:10:17

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