"Também os primeiros românticos sentiram a antinomia oprimido-opressor: mas nativistamente, iclealisticamente, haviam individuado no índio o polo anti-branco da realidade sociológica brasileira. Castro Alves desloca o problema e leva para o primeiro plano o verdadeiro escravo do Brasil: um negro desarraigado de seu país e inserido à viva força num contexto paisagístico ao qual permanecerá sempre estranho."
LUCIANA STKGAGNO PTCCHIO
"Castro Alves é um poeta que une visualidade e oralidade. [...] Se observarmos os seus poemas mais conhecidos, como 'Vozes d'África' ou 'O navio negreiro', vislumbraremos o quanto é possível cada um desses famosos textos serem cadernos de gravuras, em que uma imagem completa a outra, na lógica irrefutável do sonho. [...] Tanto em 'Vozes d'África' como em 'O navio negreiro', a visão é a de quem contempla do alto, com as asas do futuro, desde os filhos da África, livres, em sua terra, até as cenas da tragédia no mar que os torna escravos sob o açoite."
CARLOS NEJAK
"Segundo Afrânio Peixoto, autor da edição mais completa do Poeta, ao livro dos Escravos pertenceriam 'Vozes d'África' e 'O navio negreiro', os dois poemas em que o Poeta atingiu a maior altura do seu estro."
MANUEL BANDEIRA