O livro de Geralda Medeiros não é só um livro sobre as imagens, o imaginário e a imaginação, [...]. É, sobretudo, um livro que, a partir de cada tema, estabelece um processo comparativo entre os autores que, embora tendo como fundamento toponímico o Nordeste brasileiro, constroem, a sua maneira, um espaço próprio em que ora aflora a ideia da morte, ora a esperança utópica de um espaço imaginário e trans-histórico, no qual o espaço-tempo permite a assunção de outras temporalidades e novos modos de vida possíveis, sem contudo desvincular-se do Nordeste como locus, imaginário ou histórico, a partir de onde, e só a partir de onde, a vida, poética ou não, é pensável para os escritores analisados.