Joaquim Caetano da Silva (Jaguarão, 1810 – Niterói, 1873) é daqueles homens a quem uma nação deve muito mais que um estudo histórico ou uma grande análise na área das ciências humanas. Sua Memória sobre a disputa do Brasil com a França por sua porção mais setentrional contribuiu decisivamente para que o Barão de Rio Branco obtivesse êxito em suas negociações para a incorporação definitiva do Amapá ao nosso território.
Formado em Medicina pela Faculdade de Montpellier, na França, Joaquim Caetano da Silva foi reitor do Colégio Pedro II. E, diante do Imperador, apresentou sua Memória sobre os limites do Brasil com a Guiana Francesa (1851) no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Sua passagem pela vida diplomática incluiu a nomeação como encarregado de negócios nos Países Baixos. Serviu em Haia (1853-1854) nas negociações para o ajuste de limites com a então Guiana Holandesa, hoje Suriname. Em Paris, publicou L’Oyapock et l’Amazone (1861), um aprofundamento das ideias apresentadas na Memória, obra fundamental para que Rio Branco pudesse reivindicar da França o direito de incorporação do território amapaense.
Além de patrono da cadeira nº 19 da Academia Brasileira de Letras, Joaquim Caetano da Silva é autor, entre outras obras, de Fragment d’une mémoire sur la chute des corps (1836) e Quelques idées de philosophie médicale (1837).
Geografia / História do Brasil