O olho esquerdo da Lua

Espanto e surpresa em uma nova poética. Os ricos signos e seus múltiplos significados, na poesia de Jade, modelam as imagens que nos surpreendem, quando achamos que já não havia mais nada que pudesse nos surpreender. As palavras com as quais podemos adjetivar essa singularidade, de repente, se transformam em força táctil de sensações que nos transfixam a garganta, transmutando-nos num moto-contínuo de versos inovadores que transbordam pelos nossos inquietos olhos de leitores. Não há limites, devo confessar, para a precisa renovação e o cirúrgico repensar da poética surpreendente trazida pelo detalhado lapidar dos ritmos e de suas misteriosas musicalidades oferecidas. Esqueçam os lugares comuns porque, ao contrário do que a poesia nos tem trazido, Jade nos alça a um voo único, inesperado, sobre as murmurantes ondas encantadoras de um tsunami lírico, acima de quaisquer “ismos”. [Artur Madruga]

Poemas, poesias