Logo na abertura de “A história verdadeira” (Ateliê, 2012), Luciano de Samóstata inventa o gênero fantástico. Não que antes não houvesse histórias fantasiosas. A diferença é que ele é o primeiro autor a assumir que tudo o que narra não só é mentira (que afinal é apenas outro nome para ficção), mas também algo impossível, que só pode existir na imaginação do escritor e do leitor. Estabelecida a premissa, a viagem do narrador até a Lua e Vênus se torna verossímil, na verossimilhança que ...
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