O MANUAL CLÁSSICO PARA A CONDUTA DO GOVERNANTE E SOBRE O FUNCIONAMENTO DO ESTADO.
Considerado por muitos uma apologia imoral da força, da astúcia, da traição e do assassinato promovidos a razões de Estado, "O Príncipe" tornou-se um dos livros mais céticos de todos os tempos, fazendo inclusive com que o nome de seu autor se perpetuasse num sibstantivo e num adjetivo de largo uso: "maquiavelismo" e "maquiavélico". É bom ressaltar, porém, que as críticas lançadas contra Maquiavel resultam quase sempre de ignorância ou deliberado esquecimento das razões que o levaram a escrever" O Príncipe" e das condições reinantes na Itália à altura em que o publicou. Escrito num estilo de admirável clareza e economia, este pequeno tratado político "é um manual de ação escrito em intenção do homem que" deveria "salvar a Itália dos 'bárbaros' e unificá-la". Além disso, as "coisas que Maquiavel diz no seu livro não são originais senão na crueza com que vêm à tona num tempo em que, a par das brutalidades da guerra, se cogita do cavalheiro perfeito." "Não são novas as lições dadas ao príncipe; e sua teoria é a teoria do bom-senso realístico".
As citações acima pertencem ao estudo crítico acerca do pensamento da época de Maquiavel que Antonio D'Elia escreveu para esta sua criteriosa tradução de "O Príncipe" e que completou com inúmeras notas de esclarecimento do texto, tornando-a de particular utilidade para estudantes de Política, Sociologia, Economia e Administração, e par executivos em geral.
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