O Processo de Sócrates

O Processo de Sócrates Claude Mossé


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O Processo de Sócrates (Série Textos de Erudição & Prazer)


Le procès de Socrate.




Le Procès de Socrate, Bruxelles, Complexe, 1987 - Atenas em 399 a. C. -- [Introdução da Autora]: "Na primavera do ano 399 a. C., a chegada ao Pireu da embarcação que retornava de Delos, onde a cada ano uma missão sagrada era enviada para.comemorar a vitoria de Teseu sobre o Minotauro, comoveu dolorosamente os discípulos do filósofo Sócrates: significava, de fato, que a condenação à morte pronunciada pelo tribunal popular contra o velho homem cujos ensinamentos eram seguidos pelos jovens mais brilhantes de Atenas, condenação cuja execução tinha sido adiada há um mês em conformidade. com a lei, ia finalmente consumar-se. No dia seguinte, o filosofo bebia o veneno mortal na presença de seus discípulos, e sua morte exemplar ia durante séculos suscitar a admiração...

Sócrates era um cidadão ateniense, e Atenas uma democracia que se baseava na afirmação de dois princípios: a igualdade perante a lei de todos aqueles que faziam parte da comunidade cívica e a liberdade que permitia a cada um viver, educar os filhos e pensar como bem entendesse"."(...) colocam ao historiador um problema que ele não saberia escamotear: como pôde a Cidade-Estado que se proclamava a sede da liberdade condenar à morte um homem que se tinha celebrizado pelo vigor de sua inteligência, um filósofo admirado não somente pelos atenienses, mas por todos os estrangeiros que vinham ter com ele, e que se incluía entre os maiores espíritos da época? Trata-se de uma conjunção de circunstâncias infelizes ou será que uma tal condenação joga sobre a realidade da democracia ateniense uma luz a priori inesperada?

Para responder a estas perguntas, para tentar compreender o aparente paradoxo que o julgamento e a condenação à morte de Sócrates constituem, é importante inicialmente se interrogar sobre as circunstâncias desse processo e sobre o que era a situação de Atenas no início do Século IV a. C."
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JEANNE CLAUDE MOSSÉ, renomada helenista, lecionou história grega nas Universidades de Rennes e Clermont-Ferrand e participou da criação, em 1959, do Centro de Vincennes, que se tornou a Universidade de Paris VIII. É hoje considerada uma das mais importantes historiadoras e pesquisadoras da Antiguidade Grega; convivendo com grandes pesquisadores que inovaram o discurso histórico, como M.I. Finley, Jean-Pierre Vernant, Marcel Detienne, Pierre Vidal-Naquet. Claude faz parte de uma escola francesa que deu à pesquisa em História Antiga um destaque extraordinário para que pudéssemos melhor compreender os fenômenos históricos e a gênese do mundo contemporâneo. Compreendendo a História como um todo, jamais isolou à Antiguidade do presente.

É autora, entre outras obras, de História das doutrinas políticas na Grécia, As instituições gregas, O Cidadão na Grécia Antiga, O processo de Sócrates, Atenas: a História de uma Democracia, Péricles -- o Inventor da Democracia, A Grécia Arcaica de Homero a Esquilo, Dicionário da Civilização Grega, etc.

Ensaios / Sociologia / Comunicação / Direito / Filosofia / Literatura Estrangeira / História / Não-ficção

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