Mais uma instigante narrativa em versos da série O Reizinho Mandão, em O que os olhos não veem a Ruth Rocha inventou um rei com uma doença grave (que todo mundo conhece bem!): ele não via quem fosse pequeno e tivesse voz fraca; só enxergava os grandalhões com vozeirão. Por causa disso, acabou não tendo olhos para o povo, que é sempre pequeno e sem voz. E, como o que os olhos não veem o coração não sente, as pessoas viviam mal e o reizinho cego não estava nem aí. Por isso,
“Cada pessoa do povo
foi chegando à convicção
que eles mesmos é que tinham
que encontrar a solução
pra terminar a tragédia.
Pois quem monta na garupa
não pega nunca na rédea!”
E armaram uma daquelas. Quem ler — e não tiver o mesmo tipo de cegueira do rei —, verá.
Ficção / Infantil / Literatura Brasileira