No Diário de Anne Frank, Anne menciona o nome de um rapaz por quem se apaixona. Ela chama-lhe Peter van Daan, mas o seu nome verdadeiro é Peter van Pels. Sessenta e um anos passados sobre o fim da Segunda Guerra Mundial, Ellen Feldman pondera o que teria acontecido caso Peter van Pels não tivesse morrido num campo de concentração três dias antes da rendição das tropas alemãs às forças aliadas. Sete anos após o fim da Guerra, Peter vive com a sua esposa judia e as suas filhas em Nova Iorque. Só a vida presente e a futura lhe interessam. Mas o passado renasce das cinzas quando vê na capa de um livro, que a mulher está a ler, a fotografia inconfundível de uma menina: Anne Frank. Enclausurado no estigma do passado que esconde, na identidade que insiste em negar, Peter é forçado a confrontar-se com os seus fantasmas e medos, numa profunda luta interior.