A questão do aborto é uma das mais polêmicas dos nossos dias. Enquanto seus opositores defendem o direito à vida desde o instante de sua concepção, os defensores dessa prática argumentam ser este um método de controle de natalidade e uma decisão que não deve estar à cargo de nenhum setor da sociedade, mas apenas nas mãos das mulheres, as únicas que devem decidir o que deve ser feito com seus corpos. Para esquentar ainda mais essa discussão, a americana Ginette Paris lançou O SACRAMENTO DO ABORTO, uma defesa dessa prática com raízes que remontam à Grécia clássica. Esse livro desenvolve a idéia que o aborto é um ato sagrado, uma expressão de responsabilidade maternal. Se as questões que envolvem a vida, a morte e as crianças não são religiosas, o que é uma questão religiosa? E se aceitamos o aborto como religião, que religião é essa? O que ela representa? Paris mostra que os valores judaico-cristãos são mais cruéis que o aborto. Que moral é essa que vira as costas para mães e casais em sofrimento quando bebês nascem sem serem desejados? Um livro que vai botar ainda mais lenha na fogueira dessa questão que ainda é polêmica mesmo no terceiro milênio.
Fonte: Livraria Cultura.