A missa é um mistério ainda bastante vivo, cujos primórdios remontam aos primeiros tempos do cristianismo. Seria supérfluo insistir que essa vitalidade se deve a um dinamismo psicológico indubitável, e isso implica que a Psicologia deve estudá-llo. É óbvio que tal estudo só pode ser feito de um ponto de vista puramente fenomenológico, pois as realidades da fé ultrapassam o domínio da Psicologia.
A exposição de Jung sobre o Símbolo da Transformação na Missa está dividida em quatro partes. a introdução contém referências a determinadas fontes neotestamentárias a respeito da missa e algumas observações resumidas a respeito de sua estrutura e de seu significado. No capítulo II o autor faz breve exposição das diversas fases do ritual da missa.
No capítulo III apresenta um paralelo do simbolismo do sacrifício e da transformação cristã, extraído da Antiguidade cristã; trata-se das visões de Zósimo. Por fim, no capítulo IV, tenta uma discussão do sacrifício e da transformação, do ponto de vista psicológico.
O autor: Carl Gustav Jung (1875-1961). Uma das mais vigorosas expressões da ciência conteporânea. Discípulo e grande admirador da obra do mestre Freud. Jung seguiu seu caminho próprio, elaborou seu método e constituiu hoje uma alternativa à visão freudiana dos fenômenos psíquicos.
Não há praticamente campo do saber humano que não fosse visitado por ele, no afã de reunir o maior material possível que revelasse os meandros da psique humana. Valorizou o fenômeno religioso e místico como uma das manifestações mais transparentes das profundezas do inconciente coletivo.