O Vampiro de Curitiba é um livro de contos escrito por Dalton Trevisan e publicado em 1965 pela editora Record. O livro é a reunião de 15 contos que apresentam somente um fio condutor quanto aos aspectos temáticos, personagem, linguagem e estilo. “Cada conto ou episódio é pungente na ironia, indiscreto nos detalhes psicológicos, perverso na imagística. Nelsinho triunfa como símbolo do desespero universal”. No contexto das histórias de Dalton Trevisan, ser mulher no Brasil é morar no inferno. Sedutora ou vítima são os únicos papéis a ela reservados. Se encontra prazer no sexo, ou ela é pecaminosa ou foi pelo homem arrastada a senti-lo, apesar de si mesma. Os homens brasileiros – encarnados em Nelsinho, o “vampiro” curitibano – não são melhores: odeiam e adoram a mulher, assim condenados a persegui-la sem descanso. É um mundo sórdido, sem solidariedade e sem esperança. A ironia começa com o diminutivo do nome da personagem.
Literatura Brasileira