O pedido de desculpas do Papa João Paulo 2º pelos erros da Igreja Católica no passado foi o ponto de partida deste volume. Junto com as desculpas, veio a autorização para que os arquivos secretos do Vaticano fossem abertos a pesquisadores.
O professor David I. Kertzer foi um deles e o que encontrou comprova como os papas permitiram, e às vezes estimularam, o surgimento e o fortalecimento do antisemitismo na Europa, muito antes de Adolf Hitler e sua fatídica 'solução final'.
O livro enfoca principalmente o século 19, quando os judeus finalmente puderam viver fora dos guetos e ter uma participação ativa na sociedade, adquirindo direitos civis e assumindo posições dentro da economia, já que havia uma série de restrições para outras atividades.
Nos guetos, os judeus 'deviam ser mantidos em quarentena social, para não infectar a população cristã'. O uso de distintivos e a proibição de circular fora dos guetos já antecipavam e muito as leis nazistas.