Oráculo do crepúsculo

Oráculo do crepúsculo Raimundo Barroso Cordeiro Jr.


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Oráculo do crepúsculo


Uma poesia do entardecer




A poesia parece ser mesmo “código secreto”. Quanto mais o
leitor se detém no poema, quanto mais sente suas palavras, prova suas
metáforas, mais vai identificando sentidos à primeira vista insuspeitados.
O que era solo penumbroso vai recebendo, suave, a luz solar. E os
campos se desvendam.
Raimundo Barroso, em certos momentos de Oráculo do crepúsculo,
é um poeta da palavra secreta que, em se
desvendando, atiça-nos a sensibilidade e a inteligência. Poemas com
nítida influência de Drummond e de Bandeira. O Drummond da náusea,
angustiado, atônito com o mundo, e ainda o do cantar de amigos. O
Bandeira da delicadeza, do cotidiano simples, do poema-crônica. Peso e leveza.
Após nos atordoamos com interrogações do tipo “Eu tenho as
mãos, quem me empresta um mundo?”, nos divertimos com o
passaporte que “vivia de andança” e que já não tem “a mínima sorte”,
pois pena por “uma carimbada, um guichê”. Após sabermos que “um
cão perdido/ perdeu seu caminho/ os caminhos se fecharam/ fechados
na linha da terra/ nas terras cheias de miragem”, nos deparamos com o
boêmio que na rede “geme e descansa” ou com o Arco-Íris cuja sina é
desejar “beber o açude” (bela imagem!).
Oráculo do crepúsculo é obra de poeta maduro. Raimundo Barroso
não força a mão para inventar o impossível. Fiel a uma tradição
primorosa, faz poesia muito competente.
Rinaldo Fernandes
Escritor e Professor de Literatura

Poemas, poesias

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