Oralidade, texto e história.

Oralidade, texto e história. Alberto Lins Caldas


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Oralidade, texto e história.


para ler a história oral




Nesta obra, ao som da música que embala frutos do ninho da oralidade, Alberto Caldas junta postulados já explícitos e - um pouco Platão, ou outro tanto Benjamin com dose de Enzesberger - à beira da floresta pujante, no estado de Rondônia, exibe a palavra oral como que "discogravada" para que nós, selvagens da escrita, sintamos a originalidade se deu sabor/saber. E supondo poderes germinais onde eles inexistem - meus trabalhos sobre história oral -, Caldas engrossa o líquido adensado por Eco quando propugnava o incontrolável pertencimento público ou coletivo de qualquer obra. Desenhando círculos imagináveis, desce ao barthiano "grau zero da escrita" e endossa Foucault quando "desautoriza autorias" para, assim, valorizar a oralidade. Contra todas as estruturas massacrantes resultadas do engrandecimento dos egoísmos modernos, com graça agostiniana, Caldas junta os fragmentos da humanidade pessoal para propor um novo desenho da experiência. Relendo seu texto, recrio o dilema vislumbrado por Ruben Figgot ao ter de responder ao selvagem do Suriname por que os "civilizados" repetem a expressão "arco e flecha" e não subvertem a relação propondo "flecha e arco". Eu, pelo menos, ficaria mais feliz caso ocorresse tal "desordem", pois a flecha - o texto de Caldas - é que dá sentido aos meus trabalhos, continuidade de - tantos - outros.

(José Carlos Sebe Bom Meihy)

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Eduardo
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05/04/2010 15:36:12

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