Oriente Médio seguiu em evidência nessa primeira década do novo século. As pretensões nucleares do Irã e os letais distúrbios no Iraque, após a ocupação norte-americana em 2003, dão a tônica do inquieto Pérsico; também ali, a sombra fundamentalista amedronta os monarquistas locais. Mais a oeste, a existência de um Estado segue sendo apenas um sonho aos palestinos e as inconclusivas batalhas israelo-palestinas estender-se-ão não se sabe até quando. Para entender o Oriente Médio hoje, faz-se necessário lançar a âncora ao passado; o presente explica pouco. As potências que se apropriaram do espólio territorial do Império Otomano depois da Primeira Guerra Mundial encaminharam as mais inconsistentes fronteis e tal ação selou o tenso destino da região.