São Paulo: uma terra de almas que vagam solitariamente por um asfalto cru. São Paulo é um terra que muitos se sentem, mas pouco vivem.
Em meio a tantas agonias berrantes, de bêbados, impuros e amantes, um homem destaca-se no invisível, nebuloso, cinza da selva de pedras.
Um homem em meio a tantos, de tantos sem sonhos, sem cores, sem nomes. Conhecido como o louco da rua de baixo, da fachada de cima, do prédio mais alto da esquina. Seu nome talvez fosse Roberto, António, Marcus, Passado, Perdido, Vazio. O que realmente importa saber seu nome, se não sabem ou não fazem questão de saberem sobre suas feridas.
Os dias e as cores do dia, invadem seu quarto, fazendo com que acorde com aquele aspecto de quem está totalmente morto, mesmo que seu coração pulsasse.
Quantos copos perdidos, quantas agonias, solidões. Quantas vezes pensou em mudar sua vida, como tantos outros homens da fria São Paulo.
Mas ele mudou, mudou naquela manhã. Não bebeu, trabalhou, se engrandeceu e acreditou que tudo pode ser bom, dependendo do ponto de vista de quem olha. Então se apaixonou...
Cada toque, cada beijo, olhar ou desejo, o cinza Paulistano presenciou. Contudo, os amores dessa terra sempre tem alguma grande dificuldade. Resta saber, qual seria o destino daquele esplêndido amor.
Poemas, poesias / Romance