Em tempos loucos de guerra, o amor transforma um homem sensato em louco furioso. Desde o título, a loucura aparece nesta obra prima da poesia italiana (primeira edição em 1516, edição definitiva em 1532). Canto da loucura que levanta polêmicas no Renascimento, quando as regras racionais pretendem impor-se até a poesia. Mas Ludovico Ariosto surpreende com a lucidez do olhar que descobre, com um sorriso, que razão e loucura são inseparáveis. Inseparáveis mesmo em figuras exemplares da tradição medieval. É o caso do guerreiro Orlando, que por amor a Angélica, bela princesa oriental, deixa o exército cristão de Carlos Magno e começa a busca que o enlouquecerá. É também o caso das demais figuras deste poema, sempre à procura de miragens.
Literatura Estrangeira